FONTE: Rádio Peão Brasil
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“Independência ou morte”, esse foi o grito de D. Pedro I às margens do Ipiranga para decretar a independência do Brasil, até aquele momento uma colônia de Portugal e próximo de comemorarmos os 200 anos da Independência do Brasil, o movimento sindical brasileiro, representado pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB apresentou uma seleção de 200 nomes de personalidades que tiveram impacto positivo na vida dos trabalhadores desde 1822. nomes importantes que contribuíram para a construção social, cultural e popular do Brasil.
Carolina disse também que, após alguns dias do evento histórico na Faculdade de Direito da USP com a leitura da carta aos brasileiros em defesa da democracia, é necessário que se tenha uma ideia de país, o que se pretende construir e o país que temos atualmente. “É fundamental pensar no Brasil democrático um país sem desigualdade, distribuição de renda e emprego com direitos”, disse Carolina.
O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores estão planejando usurpar as comemorações do bicentenário da Independência do Brasil. É o que afirmou o consultor sindical e jornalistas, João Guilherme Vargas Netto, durante sua fala. “Vivemos em um momento tão ruim que o presidente da República quer usurpar o 7 de setembro para transformar o dia em um mero comício político”, disse João Guilherme.
Ele falou algo importante desses 200 anos de Independência que a nossa história desde 1822 é um milagre, pois ninguém imagina que o Brasil seria tão grande como é hoje.
“Nestes 200 anos de história um terço foi vivido com o fantasma da escravidão matando muitos inocentes e durante o período da República um quarto foi tomado pela ditadura e ainda assim somos considerados uma das maiores democracias do mundo”, falou João Guilherme, e continuou: “O autor desse milagre é o povo brasileiro”.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres enfatizou que os sindicalistas devem lembrar da sua história de conquistas. “Nós temos que valorizar a história. Nós dificilmente lembramos e relembramos a história dos trabalhadores brasileiros. Somente falamos o que está acontecendo no momento, nas campanhas, mas não lembramos o que o sindicalismo construiu até agora”, falou Torres.
Parte da história foi transmitida de forma oral, mas a história oficial contada nos livros de história é contada pelos opressores, assim foi iniciada a fala do secretário-geral da CUT-SP, Daniel Bispo Calazans.
Calazans enfatizou a luta da população negra que ainda sofre no Brasil e pediu para todos pensem que em várias regiões do país não existe democracia, direitos, segurança e saúde.
No final do evento foi realizada a leitura dos 200 nomes que constam no trabalho realizado de forma primorosa.
Projeto cultural
Organizada por ordem de nascimento, a seleção constitui um panorama dos últimos 200 anos, desde as lutas pela independência, pela República, pela abolição, passando pelo modernismo, pelo trabalhismo dos anos de 1930, pelas primeiras lutas sindicais e políticas, pela resistência à ditadura militar, pela redemocratização, construção das centrais sindicais, até os dias atuais.
A coordenadora do projeto, Carolina Ruy, destaca que são nomes pesquisados, levantados e indicados por um amplo grupo de trabalho que se formou em torno das centrais. “A ideia foi dar à seleção um caráter diversificado – contemplando diversos setores da sociedade, progressista”, disse.
Após esta data, explica Carolina, o projeto ficará disponível no site do Centro de Memória Sindical que hospedará a lista, o material “Brasil em 200 obras”, além de artigos e uma linha do tempo das lutas dos trabalhadores.
Além dos 200 nomes, foram apresentadas 200 obras brasileiras que representam o povo e o trabalhador brasileiro. Reúne nomes da música, literatura, artes, entre outras.
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