29 de março de 2025
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sintepav-BA
O presidente do Sintepav-BA, Gazo, o diretor e senador suplente, Bebeto Galvão, participaram nos dias 26 e 27 de março da Cúpula Internacional promovida pela Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM), em parceria com a Rede Sindical Amazônica e a Aliança Sindical pelas Florestas Tropicais. O encontro reuniu representantes de 16 países, incluindo os nove da Bacia Amazônica, além de delegações da França, Bélgica e Suíça, acadêmicos da Universidade Cornell (EUA) e instituições multilaterais, com o objetivo de debater o papel do trabalho decente no enfrentamento das mudanças climáticas, especialmente em regiões sensíveis como a Amazônia e outros biomas.
A cúpula internacional teve como principal meta fortalecer as pautas trabalhistas nas discussões preparatórias para a COP30 — Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas — que acontecerá no estado do Pará, em novembro deste ano.
Para o presidente do Sintepav-BA, Gazo, a presença de lideranças sindicais da construção e da madeira é fundamental nos debates sobre clima. “Essa cúpula foi essencial para pressionar por políticas que unam preservação ambiental e geração de renda. Não aceitaremos soluções que deixem nossa categoria desamparada”, afirmou. Gazo também defendeu a criação de empregos verdes como caminho para uma transição justa. “É preciso que governos, empresas e sindicatos construam juntos alternativas sustentáveis, por meio de um diálogo social tripartite.”
O diretor Bebeto Galvão teve participação ativa na cúpula ao moderar a sessão “Programa de Trabalho Decente para a Amazônia”, ao lado de importantes lideranças como Nilton Freitas (ICM América Latina e Caribe), Vinícius Pinheiro (diretor da OIT Brasil), Robby Berenstein (presidente C47 e senador do Suriname) e Vanessa Grazziotin (diretora da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica – OTCA).
Bebeto destacou a urgência de se combater a pobreza para viabilizar uma verdadeira transição ecológica. “Não podemos falar de transição justa sem combater a pobreza. Somente nos países amazônicos temos aproximadamente 50 milhões de pessoas que precisam de educação, promoção da saúde e de condições dignas de vida. Preservar a floresta exige incluir os trabalhadores na economia verde, com investimentos em empregos sustentáveis e direitos garantidos”, defendeu.
Ao final do encontro, foram traçadas estratégias para garantir que as demandas dos trabalhadores estejam presentes nas negociações oficiais da COP30. Entre os principais pontos de consenso estão: a promoção do trabalho decente na Amazônia e em florestas tropicais; a proteção dos trabalhadores contra eventos climáticos extremos; e o incentivo à criação de empregos sustentáveis vinculados à bioeconomia.
Bebeto reforçou o papel estratégico dos sindicatos na agenda climática global. “Sem trabalhadores não há solução. É imprescindível que os sindicatos tenham voz ativa no debate sobre o futuro do planeta. A transição justa só é possível com a garantia de equidade social e econômica.”
Com essa participação destacada, o SINTEPAV-BA reafirma seu compromisso com a luta por justiça climática e por melhores condições de vida e trabalho para todos os trabalhadores e trabalhadoras da construção e da madeira.
*Com Informações da BWI e Assessoria de Imprensa Bebeto
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